sábado, 6 de novembro de 2010

Vikings: os povos normandos

História dos Vikings, os povos normandos, guerras, cultura, religião politeísta, comércio marítimo, mitologia, deuses vikings, cultura, economia, história da Europa
barco viking
Drakar: barco usado pelos vikings

Introdução
Os vikings eram povos que habitavam a região da Península da Escandinávia (extremo norte da Europa) nas épocas Antiga e Medieval. Foram também chamados de normandos pelos franceses e italianos na Idade Média. A palavra viking origina-se do normando “vik” cujo significado mais provável é “homens do norte”. 
Um povo guerreiro
Durante a época antiga e medieval eles estabeleceram vários contatos comerciais com a Europa. Porém, entre os séculos VIII e XI, começaram a fazer várias incursões no continente europeu com o objetivo de saquear riquezas e conquistar terras. As pesquisas arqueológicas e os relatos históricos indicam que, através dos rios, penetraram em território europeu com seus barcos (drakars), levando o medo e a morte em regiões da FrançaAlemanha, Inglaterra, Irlanda e Rússia. A instabilidade, causada pelas invasões, fizeram com que o s europeus construíssem castelos e reforçassem a segurança nos portos, mas de nada adiantou em função do grande poderio bélico dos “povos do norte”. Além de ter favorecido a construção de castelos, as incursões estimularam a descentralização política durante o feudalismo.
Cultura, religião e mitologia
A economia dos vikings baseava-se na pesca (principalmente do bacalhau) e do comércio marítimo que praticavam na região norte da Europa. Eram povos guerreiros, fato que impunha muito respeito na região. Fabricavam armas e scudos de metal e embarcações de guerra (drakar).
Não eram cristãos (somente por volta do ano 1000, com o contato com os europeus, começaram a aderir aocristianismo), pois acreditavam em vários deuses (religião politeísta) ligados às forças da natureza. Odin (deus da sabedoria e da guerra) era a maior divindade entre este povo. Também acreditavam em outros deuses como, por exemplo, Thor (deus do trovão e filho de Odin) e Freyr (deus da paz e fertilidade).
Acreditavam também nas valkirias, mulheres valentes que cavalgavam com Odin durante as batalhas. Eram elas que conduziam os bravos guerreiros, mortos em batalhas, para a valhalla (o céu dos vikings).

Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945)

História, causas, principais Batalhas, Eixo contra Aliados, Ataque a Pearl Harbor, participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki, Criação da ONU, economia, administração e tratados, resumo
segunda guerra mundial
Dia D: Soldados aliados desembarcam na Normandia

Introdução : As causas da Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.
Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).
Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:
  • O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.
  • Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.
  • De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 
  • O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
bomba atômica Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Revolução Russa

Revolução Russa
Queda da monarquia, Revolução de 1917, Bolcheviques no poder, socialismo, comunismo, Lênin,
consolidação da revolução, formação da URSS, economia e administração, resumo
Czar Nicolau II : Rússia pré-revolução
O czar Nicolau II: absolutismo na Rússia pré-revolução

Introdução
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.
revolução russa Lênin fala aos revolucionários em 1917  
A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves,  manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.
A Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).
A formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.

Revolução Industrial

Revolução IndustrialHistória da Revolução Industrial, pioneirismo inglês, invenções de máquinas,
passagem da manufatura para a maquinofatura, a vida nas fábricas, origem dos sindicatos.
revolução industrial - interior de uma fábrica
Interior de uma fábrica durante a Revolução Industrial

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva da época da Revolução Industrial Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores 
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. 
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

Revolução Cubana

Revolução Cubana História da Revolução Cubana, fatos, causas, liderança de Fidel Castro, implantação do socialismo, resumo
Revolução Cubana - Fidel Castro e os combatentes
Fidel Castro liderando os guerrilheiros para a revolução

Introdução
A Revolução Cubana foi um movimento popular, que derrubou o governo do presidente Fulgêncio Batista, em janeiro de 1959. Com o processo revolucionário foi implantado em Cuba o sistema socialista, com o governo sendo liderado por Fidel Castro.
Cuba antes da revolução: causas da revolução

Antes de 1959, Cuba era um país que vivia sob forte influência dos Estados Unidos. As indústrias de açúcar e muitos hotéis eram dominados por grandes empresários norte-americanos. Os Estados Unidos também influenciavam muito na política da ilha, apoiando sempre os presidentes pró-Estados Unidos. Do ponto de vista econômico, Cuba seguia o capitalismo com grande dependência dos Estados Unidos. Era uma ilha com grandes desigualdades sociais, pois grande parte da população vivia na pobreza. Todo este contexto gerava muita insatisfação nas camadas mais pobres da sociedade cubana, que era a maioria.

A organização da revolução

Fidel Castro era o grande opositor do governo de Fulgêncio Batista. De princípios socialistas, planejava derrubar o governo e acabar com a corrupção e com a influência norte-americana na ilha. Conseguiu organizar um grupo de guerrilheiros enquanto estava exilado no México.

Em 1957, Fidel Castro e um grupo de cerca de 80 combatentes instalaram-se nas florestas de Sierra Maestra. Os combates com as forças do governo foram intensos e vários guerrilheiros morreram ou foram presos. Mesmo assim, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara não desistiram e mesmo com um grupo pequeno continuaram a luta. Começaram a usar transmissões de rádio para divulgar as idéias revolucionárias e conseguir o apoio da população cubana.

O apoio popular

Com as mensagens revolucionárias, os guerrilheiros conseguiram o apoio de muitas pessoas. Isto ocorreu, pois havia muitos camponeses e operários desiludidos com o governo de Fulgêncio Batista e com as péssimas condições sociais (salários baixos, desemprego, falta de terras, analfabetismo, doenças). Muitos cubanos das cidades e do campo começaram a entrar na guerrilha, aumentando o número de combatentes e conquistando vitórias em várias cidades. O exército cubano estava registrando muitas baixas e o governo de Batista sentia o fortalecimento da guerrilha.

A tomada do poder e a implantação do socialismo

No primeiro dia de janeiro de 1959, Fidel Castro e os revolucionários tomaram o poder em Cuba. Fulgêncio Batista e muitos integrantes do governo fugiram da ilha.

O governo de Fidel Castro tomou várias medidas em Cuba, como, por exemplo, nacionalização de bancos e empresas, reforma agrária, expropriação de grandes propriedades e reformas nos sistemas de educação e saúde. O Partido Comunista dominou a vida política na ilha, não dando espaço para qualquer partido de oposição.

Com estas medidas, Cuba tornou-se um país socialista, ganhando apoio da União Soviética dentro do contexto da Guerra Fria.

Até hoje os ideais revolucionários fazem parte de Cuba, que é considerado o único país que mantém o socialismoplenamente vivo. Com a piora no estado de saúde de Fidel Castro em 2007, Raul Castro, seu irmão, passou a governar oficialmente Cuba, em fevereiro de 2008.

Revolução Francesa

Revolução Francesa
Antecedentes, causas, Tomada da Bastilha, girondinos e jacobinos, monarquia constitucional,  República jacobina,
Robespierre, burguesia no poder, Napoleão Bonaparte, História da França, aspectos da economia, resumo
Revolução Francesa
Queda da Bastilha: marco da Revolução Francesa

Contexto Histórico: A França no século XVIII 
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava oclero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror 
Robespierre Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder
 Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa ecapitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideaisiluministas, a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

Renascimento Urbano

Renascimento Urbano História, crescimento das cidades, burgos, burgueses, comércio, novas profissões, guildas e corporações de ofício
renascimento urbano
Ilustração de um burgo medieval: origem de muitas cidades

Introdução
No final da Idade Média (entre os séculos XIII e XV), a Europa passou por transformações sociais, econômicas e políticas de grande importância. O fortalecimento do comércio e o surgimento da burguesia favoreceram o desenvolvimento e surgimento de muitas cidades.
Crescimento urbano 
Muitas destas novas cidades surgiram a partir dos burgos, que eram conjuntos de habitações fortificadas que serviam de residência para os burgueses. Com a dinamização da economia nas cidades, em função do comércio, muitas pessoas começaram a deixar o campo para tentar a vida nos centros urbanos. Portanto, nos séculos XIV e XV, a Europa passou por um importante processo de êxodo rural (saída das pessoas do campo para as cidades).
Novas profissões 

Com mais pessoas morando nas cidades européias, as necessidades e transformações aumentaram muito. Começaram a surgir novas profissões e oportunidades de trabalho. O dinheiro, principalmente moedas de ouro e prata, começou a circular com maior intensidade.

Os cambistas, por exemplo, ganharam espaço na sociedade, pois com o avanço do comércio eram necessárias as trocas de moedas, para o bom funcionamento das relações comerciais entre as várias regiões da Europa. Nesta época, cada cidade ainda possuía um tipo de moeda diferente.

Surgiram também os banqueiros para garantir e proteger, com segurança, as fortunas dos prósperos burgueses. Cheques, cartas de créditos e outras modalidades financeiras também começaram a ser utilizadas neste período.

Organização dos trabalhadores 
Os artesãos e comerciantes começaram a se organizar como uma maneira de obterem melhores resultados em suas atividades. Os artesãos criaram as corporações de ofício, enquanto os comerciantes estabeleceram as guildas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)História da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econômicos, concorrência industrial e comercial, Tríplice Aliança e Tríplice Entente, as trincheiras, participação das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqüências, resumo
avião da primeira guerra mundial
Avião de combate da Primeira Guerra Mundial

AntecedentesVários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e daÁfrica, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.
O início da Grande Guerra
O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.
Política de Alianças
Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia e Reino Unido.
Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
Desenvolvimento. 
As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como empregadas.
Fim do conflito
Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUAentraram ao lado da Tríplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada,  perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início daSegunda Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos econômicos.

Pré-História

Pré-História
As fases da Pré-História, cultura e arte pré-histórica, Paleolítico ( Idade da Pedra Lascada ), Mesolítico, Neolítico (Idade da Pedra Polida), a vida dos homens das cavernas, nômades e sedentários, origem da agricultura, arte rupestre, resumo
arte rupestre
Arte Rupestre: pintura em paredes de cavernas

Introdução  
Podemos definir a pré-história como um período anterior ao aparecimento da escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.C, pois foi por volta deste ano que os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme.
Foi uma importante fase, pois o homem conseguiu vencer as barreiras impostas pela natureza e prosseguir com o desenvolvimento da humanidade na Terra. O ser humano foi desenvolvendo, aos poucos, soluções práticas para os problemas da vida. Com isso, inventando objetos e soluções a partir das necessidades. Ao mesmo tempo foi desenvolvendo uma cultura muito importante. Esse período pode ser dividido em três fases: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada
Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras. Os bens de produção eram de uso e propriedade coletivas.
Paleolítico:  Machado de madeira e pedra Paleolítico:  Machado de madeira e pedra (reprodução)
Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Através deste tipo de arte, o homem trocava idéias e demonstrava sentimentos e preocupações cotidianas.
Mesolítico
Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.

Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.
Neolítico ou Idade da Pedra Polida
Nesta época o homem atingiu um importante grau de desenvolvimento e estabilidade. Com a sedentarização,  a criação de animais e a agricultura em pleno desenvolvimento, as comunidades puderam trilhar novos caminhos. Um avanço importante foi o desenvolvimento da metalurgia. Criando objetos de metais, tais como, lanças, ferramentas e machados, os homens puderam caçar melhor e produzir com mais qualidade e rapidez. A produção de excedentes agrícolas e sua armazenagem, garantiam o alimento necessário para os momentos de seca ou inundações. Com mais alimentos, as comunidades foram crescendo e logo surgiu a necessidade de trocas com outras comunidades. Foi nesta época que ocorreu um intenso intercâmbio entre vilas e pequenas cidades. A divisão de trabalho, dentro destas comunidades, aumentou ainda mais, dando origem ao trabalhador especializado.

Povos Bárbaros - História dos povos germânicos

Povos Bárbaros - História dos povos germânicosHistória dos povos bárbaros, cultura dos germânicos, reinos bárbaros, religião dos bárbaros germânicos, invasões dos bárbaros no Império Romano, Os Hunos, Átila, aspectos econômicos, sociais e políticos, arquitetura e arte bárbara, administração e economia
história dos bárbaros
Átila, líder dos hunos

Introdução 
Os povos bárbaros eram de origem germânica e habitavam as regiões norte e nordeste da Europa e noroeste daÁsia, na época do Império Romano. Viveram em relativa harmonia com os romanos até os séculos IV e V da nossa era. Chegaram até a realizar trocas e comércio com os romanos, através das fronteiras. Muitos germânicos eram contratados para integrarem o poderoso exército romano.
Os romanos usavam a palavra "bárbaros" para todos aqueles que habitavam fora das fronteiras do império e que não falavam a língua oficial dos romanos: o latim. A convivência pacífica entre esses povos e os romanos durou até o século IV, quando uma horda de hunos pressionou os outros povos bárbaros nas fronteiras do Império Romano. Neste século e no seguinte, o que se viu foi uma invasão, muitas vezes violenta, que acabou por derrubar o Império Romano do Ocidente. Além da chegada dos hunos, podemos citar como outros motivos que ocasionaram a invasão dos bárbaros: a busca de riquezas, de solos férteis e de climas agradáveis.
Principais Povos Bárbaros
  • Francos : estabeleceram-se na região da atual França e fundaram o Reino Franco (veja exemplo de obra de arte abaixo)
  • Lombardos : invadiram a região norte da Península Itálica
  • Anglos e Saxões : penetraram e instalaram-se no território da atual Inglaterra
  • Burgúndios : estabeleceram-se na sudoeste da França
  • Visigodos : instalaram-se na região da Gália, Itália e Península Ibérica (veja exemplo abaixo da arte visigótica)
  • Suevos : invadiram e habitaram a Península Ibérica
  • Vândalos : estabeleceram-se no norte da África e na Península Ibérica
  • Ostrogodos : invadiram a região da atual Itália
arte bárbara - arquitetura Arte Visigótica : exemplo da arquitetura bárbara na Península Ibérica

Economia, Arte, Política e Cultura dos Bárbaros Germânicos 
A maioria destes povos organizavam-se em aldeias rurais, compostas por habitações rústicas feitas de barro e galhos de árvores. Praticavam o cultivo de cereais como, por exemplo, o trigo, o feijão, a cevada e a ervilha. Criavam gado para obter o couro, a carne e o leite. Dedicavam-se também às guerras como forma de saquear riquezas e alimentos. Nos momentos de batalhas importantes, escolhiam um guerreiro valente e forte e faziam dele seu líder militar.
Praticavam uma religião politeísta, pois adoravam deuses representantes das forças da natureza. Odin era a principal divindade e representava a força do vento e a guerra. Para estes povos havia uma vida após a morte, onde os bravos guerreiros mortos em batalhas poderiam desfrutar de um paraíso.
A mistura da cultura germânica com a romana formou grande parte da cultura medieval, pois muitos hábitos e aspectos políticos, artísticos e econômicos permaneceram durante toda a Idade Média.
arte medieval Vitral : arte medieval representando o rei franco Carlos Magno
Os Hunos 
Dentre os povos bárbaros, os hunos foram os mais violentos e ávidos por guerras e pilhagens. Eram nômades ( não tinham habitação fixa e viviam a percorrer campos e florestas ) e excelentes criadores de cavalos. Como não construíam casas, viviam em suas carroças e também em barracas que armavam nos caminhos que percorriam. A principal fonte de renda dos hunos era a pratica do saque aos povos dominados. Quando chegavam numa região, espalhavam o medo, pois eram extremamente violentos e cruéis com os inimigos. O principal líder deste povo foi Átila, o líder huno responsável por diversas conquistas em guerras e batalhas. 

Persas

PersasHistória dos persas, poder, reis persas, religião persa, conquistas, economia, império Persa
ruínas do império Persa
Ruínas do império Persa

Quem foram 
Os persas formaram uma importante civilização na antiguidade oriental, ocupando a região da Pérsia (atualmente Irã, Iraque e Turquia). Este povo dedicou-se às atividades comerciais, fazendo do comércio a principal fonte de desenvolvimento econômico. 
O poder no império persa 
A política no estado persa era toda dominada e feita pelo imperador (rei), soberano absoluto que mandava e contralova tudo e todos. O rei era considerado uma espécie de deus na Terra, desta forma, o poder era considerado de direito divino.

Ciro, o grande imperador persa 
Ciro, o Grande, foi um dos mais importantes imperadores dos medos e persas. Durante seu reinado ( 560 a.C - 529 a.C ), os persas dominaram e conquistaram vários territórios, quase sempre através de guerras. No ano de 539 a.C, conquistou a Babilônia, ampliando o império persa de Helesponto até as fronteiras da atual Índia.
Outros imperadores persas de destaque: Xerxes I e Dario, o Grande

Religião persa 
A religião persa era dualista (existência do bem e mal) e tinha o nome de Zoroastrismo ou Masdeísmo. Esta religião foi criada em homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o grande profeta e líder espiritual que criou a religião.

Monumentos Históricos

Monumentos Históricos





Acrópole de Atenas
Principal ponto histórico e turístico da Grécia.
   
Cristo Redentor
Informações sobre o cartão postal mais lindo do Rio de Janeiro.
Chichén Itzá
Conheça o desenvolvimento arquitetônico da civilização maia.
   
Estátua da Liberdade Situada em Nova Iorque, este monumento representa a liberdade.
Coliseu de Roma
Saiba mais sobre o palco das batalhas dos gladiadores romanos.
   
Machu Picchu
Os mistérios da "cidade perdida" da civilização inca. 

Outros Monumentos
  
 Alhambra - informações sobre um dos principais pontos turísticos da Espanha. 
 Capela Sistina - conheça a história e arquitetura desta linda capela situada no Vaticano. 
 
Moais da Ilha de Páscoa - 
saiba mais sobre estas enigmáticas construções da Ilha de Páscoa.
 
Muralha da China - 
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 Palácio de Versalhes - saiba mais sobre a grandiosidade e luxo do maior palácio do mundo. 
 Petra - leia sobre uma cidade construída nas rochas.
 Pirâmides de Gizé - conheça a grandiosidade das pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. 
 
Stonehenge - 
mistérios e lendas cercam esta construção da Idade do Bonze. 
 
Taj Mahal - 
conheça a maior prova de amor do mundo. 
 Torre de Pisa - situada na Itália, o monumento tem na inclinação o seu destaque. 
 
Torre Eiffel - 
conheça o símbolo da França. 

Mercantilismo

Mercantilismo
História do Mercantilismo, teoria mercantilista, economia no Antigo Regime, metalismo, balança comercial favorável,
 industrialização, protecionismo alfandegário, Pacto Colonial, absolutismo

Acúmulo de metais preciosos: um dos objetivos do mercatilismo 

Mercantilismo
Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.
 Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista :
Metalismo : o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.
Industrialização : o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.
Protecionismo Alfandegário : os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.
Pacto Colonial : as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.
Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

História da Mesopotâmia

História da Mesopotâmia 
História da Mesopotâmia, Povos Mesopotâmicos, Assírios, Babilônios, Sumérios, Babilônia, Código de Hamurabi, Escrita Cuneiforme, Zigurate, Jardins Suspensos da Babilônia, Torre de Babel, economia, arquitetura, arte, administração
história da mesopotâmia : zigurate
Modelo de um Zigurate

Introdução
A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa " terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar : babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população:  água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que  fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.
No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Sumérios 
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.
história da escrita Placa de argila com escrita cuneiforme
Babilônios 
Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento. Baseando-se nas Leis de Talião ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido.
Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relógio de sol.
Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povohebreu e a cidade de Jerusalém.
Assírios 
Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.

A Inquisição no Brasil

A Inquisição no BrasilHistória da Santa Inquisição no Brasil, perseguições e visitações, julgamentos
inquisicao
Inquisição no Brasil: julgamentos relacionados a fé e comportamentos

História da Inquisição no Brasil 
Em terras brasileiras, os tribunais do Santo Ofício chegaram a ser instalados nos séculos XVII e XVIII. Porém não apresentaram muita força como aconteceu na metrópole (Portugal).

Como o Brasil estava subordinado ao Tribunal de Lisboa, este enviava à colônia brasileira os visitadores para observar e relatar como andava as questões de fé do povo brasileiro.

Ocorreram três visitações nas províncias brasileiras de Pernambuco, Bahia e no Maranhão e Grão-Pará.

Foram julgados, principalmente, alguns casos de heresias relacionadas a condutas morais e práticas religiosas dos brasileiros. A inquisição chegou também a perseguir alguns judeus que aqui moravam.
Não há relatos históricos de que no Brasil tenha havido torturas e enviou de pessoas para a fogueira, como ocorreu em terras européias.

A Inquisição

A InquisiçãoHistória da Santa Inquisição na Europa e no Brasil, História Medieval, os julgamentos
e perseguições e as formas de agir dos tribunais, Giordano Bruno e bruxas medievais, Inquisição no Brasil
inquisição espanhola
Integrantes da Inquisição espanhola torturando um herege

Introdução 
A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.
História e atuação 
Aos perseguidos, não lhes era dado o direito de saberem quem os denunciara, mas em contrapartida, estes podiam dizer os nomes de todos seus inimigos para averiguação deste tribunal medieval. Com o passar do tempo, esta forma de julgamento foi ganhando cada vez mais força e tomando conta de países europeus como:Portugal, França, Itália e Espanha. Contudo, na Inglaterra, não houve o firmamento destes tribunais. 
história da inquisição Galileu Galilei O cientista italiano Galileu Galilei: vítima das perseguições inquisitorias
Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem idéias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi do astrônomo italiano Galileu Galilei, que escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno que foi julgado e condenado a morte pelo tribunal.
As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
Este movimento se tornava cada vez mais poderoso, e este fato, atraía os interesses políticos. Durante o século XV, o rei e a rainha da Espanha se aproveitaram desta força para perseguirem os nobres e principalmente os judeus. No primeiro caso, eles reduziram o poder da nobreza, já no segundo, eles se aproveitaram deste poder para torturar e matar os judeus, tomando-lhes seus bens. 
Durante a esta triste época da história, milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas por acusações que, muitas vezes, eram injustas e infundadas. Com um poder cada vez maior nas mãos, o Grande Inquisidor chegou a desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades da sociedade da época. Por fim, esta perseguição aos hereges e protestantes foi finalizada somente no início do século XIX. 
Inquisição no Brasil 
No Brasil, os tribunais chegaram a ser instalados no período colonial, porém não apresentaram muita força como na Europa. Foram julgados, principalmente no Nordeste, alguns casos de heresias relacionadas ao comportamento dos brasileiros, além de perseguir alguns judeus que aqui moravam.

História de Roma Antiga e o Império Romano

História de Roma Antiga e o Império Romano
República Romana, expansionismo da Roma Antiga, crise na República , Império Romano
 Guerras Púnicas, gladiadores, decadência do Império Romano, mitologia romana
história da fundação de Roma
Mito da fundação de Roma: loba amamentando Rômulo e Remo

Introduçãohistória de Roma Antiga é fascinante em função da cultura desenvolvida e dos avanços conseguidos por estacivilização. De uma pequena cidade, tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Dos romanos, herdamos uma série de características culturais. O direito romano, até os dias de hoje está presente na cultura ocidental, assim como o latim, que deu origem a língua portuguesa, francesa, italiana e espanhola.
Origem de Roma : explicação mitológicaOs romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade que seria Roma.
Origens de Roma : explicação histórica e Monarquia Romana (753 a.C a 509 a.C)De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram habitar a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Desenvolveram na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comerciantes, artesãos e pequenos proprietários ). O sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia.
A religião neste período era politeísta, adotando deuses semelhantes aos dos gregos, porém com nomes diferentes. Nas artes destacava-se a pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.
República Romana (509 a.C. a 27 a.C)Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe.
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação política e melhores condições de vida. 
Em 367 a.C, foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Formação e Expansão do Império RomanoApós dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo general Anibal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de Mare Nostrum.
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
Principais imperadores romanos : Augusto (27 a.C. - 14 d.C), Tibério (14-37), Caligula (37-41), Nero (54-68), Marco Aurelio (161-180), Comodus (180-192).
gladiadores lutando - história de Roma
Luta de gladiadores:
pão e circo
Pão e Circo Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios ( o mais famoso foi o Coliseu de Roma ), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Cultura RomanaA cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Os balneários romanos espalharam-se pelas grandes cidades. Eram locais onde os senadores e membros daaristocracia romana iam para discutirem política e ampliar seus relacionamentos pessoais.
A língua romana era o latim, que depois de um tempo espalhou-se pelos quatro cantos do império, dando origem na Idade Média, ao português, francês, italiano e espanhol.
A mitologia romana representava formas de explicação da realidade que os romanos não conseguiam explicar de forma científica. Trata também da origem de seu povo e da cidade que deu origem ao império. Entre os principais mitos romanos, podemos destacar: Rômulo e Remo e O rapto de Proserpina.
Religião Romana Os romanos eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. A grande parte dos deuses romanos foram retirados do panteão grego, porém os nomes originais foram mudados. Muitos deuses de regiões conquistadas também foram incorporados aos cultos romanos. Os deuses eram antropomórficos, ou seja, possuíam características ( qualidades e defeitos ) de seres humanos, além de serem representados em forma humana. Além dos deuses principais, os romanos cultuavam também os deuses lares e penates. Estes deuses eram cultuados dentro das casas e protegiam a família.
Principais deuses romanos : Júpiter, Juno, Apolo, Marte, Diana, Vênus, Ceres e Baco.
Crise e decadência do Império Romano
Por volta do século III, o império romano passava por uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caia o pagamento de tributos originados das províncias.
Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. 
Os povos germânicos, tratados como bárbaros pelos romanos, estavam forçando a penetração pelas fronteiras do norte do império. No ano de 395, o imperador Teodósio resolve dividir o império em: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano do Oriente (Império Bizantino), com capital em Constantinopla.
Em 476, chega ao fim o Império Romano do Ocidente, após a invasão de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos etc. Era o fim da Antiguidade e início de uma nova época chamada de Idade Média.

Império Carolíngio

Império Carolíngio História do Império Carolíngio, Carlos Magno, conquistas, arte, educação, administração, coroação
Carlos Magno sendo coroado
Carlos Magno sendo coroado pelo papa Leão III (ano 800)

Introdução
O Império Carolíngio, também conhecido como o Império de Carlos Magno, foi o momento de maior esplendor do Reino Franco (ocupava a região central da Europa). Este período ocorreu durante o reinado do imperador Carlos Magno (768 – 814).
Com uma política voltada para o expansionismo militar, Carlos Magno expandiu o império, além dos limites conquistados por seu pai, Pepino, o Breve. Conquistou a Saxônia, Lombardia, Baviera, e uma faixa do território da atual Espanha.

Embora as conquistas militares tenham sido significativas, foi nas áreas cultural, educacional e administrativa que o Império Carolíngio demonstrou grande avanço. Carlos Magno preocupou-se em preservar a cultura greco-romana, investiu na construção de escolas, criou um novo sistema monetário e estimulou o desenvolvimento das artes. Graças a estes avanços, o período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio.

Reforma Educacional 
Na área educacional, o monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas). Nestas escolas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.

Administração territorial 
Para facilitar a administração do vasto território, Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As regiões foram divididas em condados (administradas pelos condes). Para fiscalizar a atuação dos condes, foi criado o cargo de missi dominici. Estes funcionários eram os enviados do imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.

Arte carolíngia 
A arte sofreu uma grande influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este período.

Coroação 
No ano de 800, um importante fato histórico representou o poder de Carlos Magno. Aproximou-se da Igreja Católica e foi coroado imperador, do Sacro Império Romano-Germânico, pelo papa Leão III. Desta forma, colocou-se como um defensor e disseminador da fé cristã pelas terras dominadas.

Enfraquecimento do império 
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o Império Carolíngio perdeu força. As terras do império foram divididas entre o netos de Carlos Magno, em 843, através do Tratado de Verdun.